O governador Cláudio Castro determinou que a primeira etapa do concurso da Polícia Militar – a prova objetiva -, realizada no último fim de semana, seja cancelada. A decisão foi tomada depois de várias denúncias de fraude na prova realizada no último domingo (27) — quando 20 candidatos foram presos.
Uma sindicância e um processo administrativo foram abertos para apurar as falhas durante a realização da prova. O Ibade – Instituto Brasileiro de Apoio e Desenvolvimento Executivo -, responsável pelo concurso, foi notificado ontem.
– Contratamos uma empresa para realizar um concurso e o que vimos no último fim de semana é inadmissível. Diante do que foi amplamente mostrado nas redes sociais, e em respeito aos candidatos que agiram corretamente, não me resta outra alternativa que não seja cancelar a prova objetiva – disse o governador.
Cláudio Castro destacou o grande número de inscritos para o concurso da Polícia Militar – o maior da história. No total, 119.541 candidatos se inscreveram para disputar 2 mil vagas. A prova foi realizada em 121 locais no Rio, Duque de Caxias, Nova Iguaçu e Niterói.
– A enorme procura demonstra o quanto estamos valorizando aquela que é uma das carreiras profissionais mais importantes e valorizadas pela minha administração – acrescentou.
O governador tranquilizou os inscritos no concurso:
– Quem se inscreveu pode ficar tranquilo que em breve vamos anunciar as novas datas para a realização das provas, que acontecerão ainda este ano.
“AQUI NÃO”:
A Polícia Militar deflagrou, domingo (27), a Operação Aqui Não, contra fraude em um concurso da corporação no Rio de Janeiro. Vinte pessoas foram presas e levadas para delegacias.
Ao todo, 19 mandados de prisão foram cumpridos por crimes como roubo, deserção e receptação. Um ex-cabo da PM, que foi expulso da corporação, foi preso em flagrante por falsidade ideológica e tentativa de fraude a concurso. Ele é acusado de tentativa de homicídio contra um vigilante em 2016. A defesa disse que vai recorrer.