O Porto do Açu, maior complexo porto-indústria privado do país, comemora 10 anos de operação, somando cerca de 430 milhões de toneladas movimentadas, mais de 35 mil acessos de navios e crescimento médio anual de 32%. Da primeira movimentação de minério de ferro, em 2014, passando pela inauguração dos diferentes terminais, nos anos seguintes, o Açu vem se consolidando, hoje, como o porto da transição energética do Brasil e vetor de transformação social para o Norte Fluminense.
Ao longo dessa década, o Açu tem atingido sólidos resultados, se destacando por sua contribuição à economia regional: opera 11 terminais privados, tem 22 empresas instaladas e gera mais de 7 mil empregos, sendo 70% deles direcionados às comunidades de Campos de Goytacazes e São João da Barra.
“Somos um porto jovem e conseguimos alcançar em 10 anos o que muitos levaram 100 anos para atingir. Por isso, temos tanto orgulho do trabalho que desenvolvemos até aqui. Somos reconhecidos e temos ganhado espaço no cenário nacional, mas o destaque da nossa caminhada está em todo o desenvolvimento que conseguimos promover para área de influência dos nossos negócios, gerando oportunidades para as comunidades do entorno, impulsionando a juventude da região e as cadeias locais”, informou Vinícius Patel, diretor de Administração Portuária do Porto do Açu.
Além de incentivar a contratação de mão de obra local, dentro da estratégia da Rede de Empregabilidade do Porto do Açu, o complexo portuário tem uma série de iniciativas com foco no desenvolvimento regional, como programas de porta de entrada para jovens talentos locais, de capacitação e empreendedorismo e de fomento ao ecossistema de inovação da região.
Hoje, o Açu já responde por 40% das exportações de petróleo bruto nacional, além de oferecer a maior base de apoio a plataformas de óleo e gás e ter o escoadouro do maior mineroduto do mundo, com 529 km de extensão, e potenciais 3GW gerados por um parque termelétrico movido a gás natural. É também o único ponto de pré-descomissionamento sustentável para plataformas do país, com contrato em andamento com a Petrobras. Só neste ano de 2024, já são duas unidades (P-26 e P-33) em preparação para o desmantelamento sustentável no Açu, que ainda pretende abrigar o primeiro hub de descomissionamento sustentável do Brasil. Em relação a movimentação de navios, o porto já soma mais de 6.700 acessos nesse ano, 15% a mais do que no mesmo período do ano passado.
T-MULT e o crescimento do agronegócio
Em 2024, o Terminal Multicargas (T-MULT) ampliou o portfólio de produtos escoados pelo Açu, incluindo briquetes de minério de ferro, soja, milho para exportação, além de sal recebido por cabotagem. A previsão é fechar o ano com 1,9 milhão de toneladas de movimentação e com uma projeção de mais de 2,5 milhões de toneladas para 2025.
O Açu tem condições de oferecer soluções customizadas e eficientes para apoiar o crescimento do agronegócio e da indústria brasileira e já é uma alternativa logística para a importação de fertilizantes no país e exportação de grãos. Neste ano, o Açu também realizou sua primeira operação de exportação de café em big bags. Ao todo, 15.520 toneladas das variedades arábica e conilon, vindas principalmente de produtores do Sul e Leste de Minas Gerais, Espírito Santo e Bahia, foram embarcadas para a Alemanha.
O grupo Minas Port investiu R$100 milhões na construção de dois armazéns que ficam anexos ao T-MULT para estocar grãos (soja e milho), além de anunciar a construção de uma fábrica misturadora de fertilizantes para 2025. Após ampliação da área de armazenagem, o T-MULT deu início à obra de expansão do cais, que será concluída até julho de 2025. A capacidade de movimentação do terminal alcançará 2,7 milhões de toneladas ao ano.
Responsabilidade socioambiental
Além da importância para a economia local, o Porto do Açu se compromete com práticas ambientais e sociais responsáveis, estabelecendo um diálogo aberto com as comunidades locais e implementando ações que visam a preservação do meio ambiente. Em parceria com as empresas do complexo portuário, o Açu promove workshops para desenvolvimento e identificação de potenciais fornecedores locais. Hoje, 22% dos fornecedores utilizados pela Porto do Açu Operações, empresa que administra o complexo, são empresas de Campos dos Goytacazes e São João da Barra.
A Reserva Caruara, maior unidade privada de preservação de restinga do Brasil, com 40 km² de áreas preservadas, estuda e desenvolve programas para a restauração de ecossistemas costeiros e marinhos, com destaque para a produção de mudas de restinga em seu viveiro florestal, o maior dedicado a esse ecossistema no país, com capacidade para produzir mais de 500 mil mudas por ano. A Reserva também desenvolve um programa de proteção às tartarugas marinhas, contribuindo para a preservação de espécies ameaçadas de extinção e reforçando a parceria entre o Porto do Açu e a comunidade local na promoção de ações ambientais sustentáveis.
Transição energética
O Porto do Açu segue firme em sua missão de desenvolver um porto-indústria com infraestrutura integrada, competitiva e sustentável. Em 2024, foram firmados dois contratos de reserva de área para o hub de hidrogênio e derivados de baixo carbono, com a empresa norueguesa Fuella AS e a multinacional HIF Global, além de um Memorando de Entendimentos (MoU) com a Eletrobras com foco em produção de hidrogênio renovável e seus derivados. Em eólica offshore, foram assinados MoUs com a Corio Generation para que a estrutura do Açu seja usada como apoio para futuros parques eólicos da Corio em atividades essenciais para garantir a geração de energia no mar e com a empresa belga Sarens para estudar soluções logísticas sobre o transporte de componentes da cadeia de energia eólica offshore. Para a próxima década, o objetivo é se tornar o porto da transição energética do Brasil, ajudando o mundo a reduzir a pegada de carbono e acelerando o melhor do país.
Exposição itinerante
Em comemoração aos 10 anos de operação, o Porto do Açu montou uma exposição itinerante com a história e os marcos do complexo portuário. Além da infraestrutura do empreendimento, a mostra explora os resultados atingidos ao longo da última década e as ações de transformação social, ambiental e econômica para o Norte Fluminense. A estrutura já está aberta a visitação no Shopping Partage, em Campos dos Goytacazes, durante todo o mês de dezembro. Na sequência, ela será transferida para a Antiga Casa da Câmara e Cadeia Pública de SJB e para a Reserva Caruara.
