A Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ) confirmou nesta quarta-feira (15), dois óbitos por febre maculosa em Itaperuna. Desde o início do ano, oito casos foram registrados no Estado. De acordo com a SES-RJ, as duas mortes e três dos casos confirmados são do município do noroeste fluminense. O maior risco da febre maculosa ocorre no período da sazonalidade, que começa justamente em junho e vai até setembro. Em 2022, oito casos foram confirmados em Campos, com seis mortes registradas no município.
Outros cinco casos foram registrados no Estado: dois em Nova Iguaçu, um em Angra dos Reis, um em Itaocara, e um em Natividade. A febre maculosa, transmitida pelo carrapato-estrela, é uma doença grave e de alta letalidade. O alerta foi feito pelo presidente do Instituto Vital Brazil, Alexandre Chieppe, na manhã desta quarta-feira (14/06), em entrevista à rádio Bandnews.
Diante da letalidade da doença e dos recentes casos no país, principalmente em São Paulo, a SES-RJ ressalta que é fundamental um diagnóstico rápido e preciso. “Quando o tratamento é iniciado nos primeiros cinco dias após o início da exposição, as chances de cura são muito elevadas. Mas se realmente não for diagnosticada a doença, o risco de morte é muito grande, infelizmente”, afirma Alexandre Chieppe.
Sintomas
A doença pode demorar até duas semanas para se manifestar após o contato inicial. Conforme o Ministério da Saúde, os principais sintomas da doença são:
Febre
Dor de cabeça intensa
Náuseas e vômitos
Diarreia e dor abdominal
Dor muscular constante
Inchaço e vermelhidão nas palmas das mãos e sola dos pés
Gangrena nos dedos e orelhas
Paralisia dos membros que inicia nas pernas e vai subindo até os pulmões, causando paragem respiratória
O ministério ressalta que, além dos sintomas acima, com a evolução da febre maculosa, é comum o aparecimento de manchas vermelhas nos pulsos e tornozelos, que não coçam, mas que podem aumentar em direção às palmas das mãos, braços ou solas dos pés.