O ano era 2012. Tudo eram flores para então prefeita Rosinha Garotinho, que tinha como certa a reeleição. A ctambém então deputada estadual Clarissa, em entrevista ao jornal Folha da Manhã, desdenhou da oposição campista, afirmando que esta não fazia “nem cosquinha”. (Veja AQUI).
Rosinha foi reeleita para um segundo mandato onde os espinhos dominaram e a oposição contava com apenas cinco vereadores. Mais uma vez, Clarissa, naquele momento deputada federal, afirmou “A oposição da cidade é ruim, porque não é oposição responsável”. Meses mais tarde, esta mesma oposição venceu a eleição para sucessão de Rosinha.
Doze anos depois, a oposição na Câmara conta com oito integrantes, que travou uma batalha com o governo Wladimir, também Garotinho, em torno da votação da Lei Orçamentária Anual (LOA). O caso extrapolou o campo político, indo parar na Justiça, com a solução mediada pelo Ministério Público.
Há quem diga que, se houve vencedor, foi o grupo de prefeito, uma vez que a LOA foi votada.
Porém…
A LOA só foi votada após os principais pontos apresentados pela oposição terem sido atendidos, como por exemplo:
- Reunião do prefeito com os 25 vereadores, independente da bancada
- Suplementação de 20% para Executivo e 20% para Legislativo
- Fundo Municipal do Trabalho e Geração de Renda, cujo valor previsto na LOA era R$ 400 e passou para R$ 1 milhão
- Ampliação do horário de ônibus ou transporte alternativo nas localidades -> Valor previsto era de R$ 5.996.499,91, passando para R$ 6.996.499,91 (Dia 22/02 haverá audiência pública a respeito deste tema)
- Aporte para PreviCampos de R$ 1 milhão (Audiência pública agendada para 05/03)
De qualquer modo, especificamente no caso da LOA, quem ganhou foi a população.
Sobre a oposição, os fatos, o tempo e a história demonstram que, mesmo em número reduzido, precisa ser levada (e muito) em consideração.