Na calada da noite, em um dos pontos turísticos mais famosos do país, um então desconhecido decide fazer de um monumento, sua tela de horrores.
Antes de partir para o ataque, o homem olha discretamente para o entorno e, como não vê ninguém se aproximando, picha a base de uma estátua na Avenida Princesa Isabel, em Copacabana, na Zona Sul do Rio.
Enquanto, sorrateiramente, o sujeito tenta enganar a fiscalização, os “olhos do além” (Centro de Operações do Rio) captam cada fração de segundo e, algumas horas depois, as imagens são traduzidas no apelo do prefeito do Rio.
“Me ajudem a tornar esse sujeito famoso!!”
Menos de 24 horas após o pedido de Eduardo Paes, lá está ele, rabiscando a caminho da 12ª DP (Copacabana), após ser identificado e preso por agentes da Secretaria de Ordem Pública (Seop) e pela PM.
Segundo a Companhia Municipal de Limpeza Urbana do Rio (Comlurb), de janeiro a abril de 2023 foram gastos mais de R$ 15 mil para limpar cerca de 1700 pichações na cidade, muitas delas feitas em monumentos.
O péssimo comportamento, que não deve ser confundido com o grafite, cujo objetivo é promover a arte, não é exclusividade dos grandes centros do país. Entretanto, o exemplo contextualiza a importância da tecnologia para a segurança pública. Desde os casos mais graves, como assaltos a pedestres e furtos a estabelecimentos, até os registros de menor potencial ofensivo, como os danos causados ao patrimônio público.
É claro que o certo era que não houvesse a pichação ou, ao menos, que o cidadão fosse preso no ato, mas também é de consciência de todos nós que não há efetivo suficiente para ter uma viatura a cada esquina.
Nesses casos, o monitoramento é um claro aviso:
Sorria, você está filmado e pode ser preso!