Há uma semana, Campos foi sacudida por mais um escândalo envolvendo – mais uma vez – polícia e política. A operação Caballus, deflagrada terça-feira pela Delegacia de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (DCC-LD), mirava supostas empresas fantasmas envolvidas em um esquema de lavagem de dinheiro em municípios da região, entre eles Campos dos Goytacazes. Ainda há muitas perguntas sem respostas e não é impossível que a operação tenha uma segunda fase.
De acordo com investigação da Polícia Civil, como mostrou o jornal O Globo, a organização, que seria de fachada, é titular de uma licitação de medicamentos e materiais hospitalares. Na primeira fase da operação, houve o cumprimento de 10 mandados de busca e apreensão de seis alvos, entre eles o empresário Wagner Crespo Luiz, apontado pela Polícia como chefe do esquema. Ao O Globo, o advogado Jorge Gomes Bastos Júnior, que representa Wagner no caso, disse que as acusações são ”absurdas” e que a inocência do cliente será comprovada ao longo do processo.
Apesar dos contratos oriundos das licitações, a organização não apresentava estrutura para tal. Uma das empresas, inclusive, informava como sede uma sala vazia.
Responsável pelas investigações, a delegada Ana Carolina Lemos afirmou, na ocasião, que encontrou um pequeno escritório sem nenhum sinal de funcionamento no lugar indicado como sede. E que o único endereço próximo era o de uma hamburgueria. Essa é uma das perguntas sem resposta até o momento.
A hamburgueria tem como sócio Cristiano Abreu Mello, natural de Cardoso Moreira. Ainda não se sabe se haveria e, em caso positivo, qual seria a ligação entre as duas empresas. Ou se alguém da hamburgueria teria visto, em algum momento, movimentação na sala que funciona no mesmo prédio. O Blog não conseguiu contato com empresário, mas o espaço está aberto para sua manifestação.