O Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA-Rio), órgão responsável pela eleição dos conselheiros tutelares no Rio, está em alerta pelo baixo número de candidatos inscritos para o pleito que acontece em outubro.
Faltando menos de uma semana para o fim das inscrições, apenas quatros dos 19 conselhos do município alcançaram o número visto como ideal pelo CMDCA. Ao todo, sete conselhos têm menos de 20 candidatos inscritos.
Os conselhos tutelares (CT) são uma espécie de guardiões do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Os membros de cada CT atendem menores em situação de violação de direitos. É de responsabilidade dos conselheiros requisitar serviços obrigatórios, como vagas em colégios e em hospitais, além de propor políticas públicas.
Segundo Patrícia Coda, coordenadora da Comissão Especial da Eleição dos Conselheiros Tutelares, a legislação exige um número mínimo de dez candidatos por CT para validar a eleição. Apesar de não divulgar o número total de inscritos, Coda afirmou que o CMDCA esperava ter, pelo menos, o dobro de candidatos até o momento.
“O principal problema é que a procura é grande em alguns CTs e em outros é muito menor. Quanto mais candidatos inscritos, maior o número de opções para os eleitores. Invariavelmente, o maior número de opções vai aumentar a qualidade dos candidatos na defesa dos direitos das crianças e dos adolescentes”, explicou Patrícia Coda.
Conselhos Tutelares com menos de 20 inscritos:
- CT 2- Zona Sul
- CT 5-Ramos
- CT 11-Bonsucesso
- CT 13-Rocinha/São Conrado
- CT 14-Inhaúma
- CT 15-Guaratiba
- CT 16- Barra da Tijuca
Em outubro, serão eleitos 190 representantes dos 19 conselhos, sendo cinco titulares e cinco suplentes, para cada um dos conselhos tutelares já instalados no Rio. O salário dos conselheiros será de R$ 4,5 mil por mês, para um mandato de quatro anos.
“Essa é uma das funções mais importantes, um dos órgãos mais importantes do sistema de garantia de direitos. É o conselheiro que está mais próximo das crianças e dos adolescentes, que conhece a comunidade e está inserido nesse contexto. O conselheiro é um importante articulador com os outros órgãos do sistema, como o Ministério Público, as polícias civil e militar e as secretarias de saúde e educação, por exemplo. É ele que vai mediar essa relação para garantir direitos e garantir o cumprimento do Estatuto da Criança e do Adolescente”, explicou Patrícia Coda.