Um dos maiores publicitários do Brasil, Washington Olivetto morreu neste domingo (13), aos 73 anos, no Rio de Janeiro. A informação foi confirmada pelo Hospital Copa Star, onde ele estava internado há vários meses.
Em mais de 50 anos de carreira, Washington Olivetto idealizou e participou de diversas campanhas que ficaram na lembrança do brasileiro.
O outro filme listado no ranking dos 100 melhores é o de uma campanha que ele fez para a Folha de São Paulo, chamada “Hitler”.
O comunicador inovou e criou campanhas para os mais diferentes públicos, marcas, produtos e todas lhe renderam prestígio e premiação, mas o próprio Washington confessa em qual ele mais se divertiu.
Descendente de italianos, Olivetto nasceu em setembro de 1951 na capital paulista, onde foi criado pela mãe, uma dona de casa, e o pai, vendedor de tintas.
Aos 17 anos, entrou para o curso de publicidade da Fundação Armando Alvares Penteado (Faap). No ano seguinte, iniciou sua trajetória profissional como redator de uma agência publicitária.
Ainda em seu primeiro ano de atuação no mercado, conquistou um dos prêmios mais importantes para os profissionais da área, o Leão de Bronze do Festival de Publicidade de Cannes.
Durante a carreira de sucesso, recebeu diversas estatuetas e homenagens, que foram desde títulos em universidades a menções em músicas de Jorge Ben Jor — “Alô, Alô W/Brasil”, diz o trecho em referência à empresa de Olivetto.
Em sua trajetória, também se descobriu autor, escrevendo oito obras sobre a própria carreira e peças publicitárias que havia criado.
Em 2017, se mudou para Londres, no Reino Unido, mas vinha ao Brasil com certa frequência para participar de palestras.
A fama internacional também teve lado negativo. Em 2001, foi sequestrado perto de sua casa, em Higienópolis, na região central de São Paulo, por um grupo de chilenos e argentinos, que planejaram a ação ao longo de 10 meses. Somente após 53 dias, Olivetto se viu livre do cativeiro.