
“Um grito preso na garganta, uma inquietação pelo apagamento histórico racista que o povo preto no Brasil passa até hoje”. É com essas palavras que o produtor artístico e cultural Pedro Rajão define seu projeto Negro Muro, que deixa impressos, grafites e pinturas pela cidade para retratar personalidades negras da cultura carioca. Esta proposta fez surgir o Circuito da Igualdade Racial, uma iniciativa de Rajão com a Secretaria Municipal de Cultura, com a Coordenadoria Executiva de Promoção da Igualdade Racial (Cepir), e com o Instituto Rio Patrimônio e Humanidade (IRPH).
Além da casa de Lélia d’Almeida Gonzalez, outras três placas já estão confirmadas: Maestro Anacleto de Medeiros, em Paquetá; o Granes Quilombo, em Acari, e a casa de Lima Barreto, em Todos os Santos.
As placas de identificação de bens e locais de relevância começaram a ser instaladas pela Prefeitura do Rio em 1992, mas, em 2010, os Circuitos do Patrimônio Cultural Carioca deixaram de ser focados em arquitetura e passaram a abranger temas mais amplos, ligados à cultura carioca. Já são 31 circuitos com bens culturais espalhados por toda a cidade.